MPF pede medidas de segurança e redução de impactos ambientais em hidrelétricas do rio Teles Pires em MT

  • 06/10/2025
(Foto: Reprodução)
MP pede a suspensão de novas autorizações e renovações de usinas na bacia do rio Teles Pir O Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) recomendaram que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) adote medidas para reforçar a segurança das barragens e reduzir os impactos ambientais causados pelas hidrelétricas da bacia do rio Teles Pires, em Mato Grosso. O documento foi assinado na última sexta-feira (3). A recomendação inclui as usinas de Colíder, Sinop, São Manoel e Teles Pires, e foi feita após investigações sobre os efeitos ambientais e sociais desses empreendimentos na região. A medida pede que agência não autorize novas usinas nem renove concessões na bacia sem antes avaliar e compensar os impactos causados pelas hidrelétricas já em operação. A recomendação também pede a revisão dos contratos de concessão, para incluir cláusulas ambientais mais específicas para as empresas responsáveis. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MT no WhatsApp A Aneel tem 20 dias, contados a partir do recebimento da recomendação, para informar se vai atender às medidas. Segundo os órgãos, o objetivo é garantir que a geração de energia cumpra a função socioambiental, evitando danos à biodiversidade, às comunidades locais e ao equilíbrio ecológico da bacia. 📋Veja medidas recomendadas à Aneel: 1. Suspensão de novas autorizações e renovações: Não autorizar novos empreendimentos hidrelétricos na bacia do rio Teles Pires. Não renovar concessões existentes sem antes avaliar e mitigar os impactos ambientais e sociais acumulados das usinas já em operação. 2. Revisão dos contratos de concessão: Revisar os contratos das hidrelétricas para incluir cláusulas ambientais específicas, com obrigações claras das concessionárias. Tornar as cláusulas ambientais mais detalhadas e efetivas, garantindo a proteção do meio ambiente. 3. Monitoramento ambiental: Implantar um monitoramento integrado e padronizado dos impactos ambientais das usinas. Assegurar participação das comunidades indígenas e tradicionais no acompanhamento desse monitoramento. 4. Protocolos de operação: Criar protocolos de operação que conciliem a geração de energia com a proteção socioambiental da região. Estabelecer regras que reduzam riscos à biodiversidade e ao equilíbrio ecológico da bacia do Teles Pires. 5. Mitigação e compensação de danos: Implementar medidas de mitigação e compensação proporcionais aos impactos identificados. Priorizar ações voltadas à proteção de: Peixes e quelônios Qualidade da água Comunidades ribeirinhas, tradicionais e indígenas 6. Segurança das barragens: Exigir que a concessionária da Usina Hidrelétrica Colíder cumpra integralmente as obrigações contratuais sobre: Segurança da barragem Monitoramento de riscos 7. Fiscalização da Aneel: Reforçar que a Aneel tem o dever legal de fiscalizar não apenas aspectos técnicos e econômicos das concessões, mas também: O cumprimento das obrigações ambientais A adoção de medidas preventivas, de mitigação e de compensação dos danos socioambientais. Leia também: Justiça dá 10 dias para Eletrobras e governo se manifestarem sobre plano de desativação de Usina Hidrelétrica em MT Festival de praia é cancelado após usina hidrelétrica reduzir nível de reservatório por alerta de segurança em MT Relatório aponta risco estrutural e ambiental em usina de Colíder (MT) após falhas em barragem MP dá prazo de 120 dias para Usina de Colíder apresentar plano de desativação Copel Impactos ambientais Mortandade de peixes registrada após rebaixamento de nível MPMT Segundo o MPF e o MPMT, a ausência de fiscalização dos impactos das usinas compromete a segurança ambiental e expõe comunidades ribeirinhas e povos indígenas a riscos de ordem socioambiental e cultural. Em agosto deste ano, moradores de Itaúba, a 599 km de Cuiabá, relataram a morte de peixes e dificuldades na navegação pelo Rio Teles Pires após a Eletrobras realizar um procedimento de segurança na Usina Hidrelétrica Colíder. A ação envolveu o rebaixamento do nível do reservatório da usina, o que provocou reflexos no volume de água que segue em direção ao município vizinho. Em nota, a Eletrobrás informou que adquiriu a usina em 30 de maio deste ano e, desde então, adotou todas as providências necessárias para que a usina volte à condição normal. Segundo a empresa, equipes de diversas áreas estão mobilizadas para garantir que o impacto da operação seja o menor possível. Conforme relatório do MP, foram recolhidos mais de 22 mil peixes vivos e 1.541 mortos após o processo de rebaixamento do reservatório. Espécies como carás, tuviras, mussuns e lambaris foram encontradas em avançado estado de decomposição, em poças isoladas com alta temperatura e baixa concentração de oxigênio.

FONTE: https://g1.globo.com/mt/mato-grosso/noticia/2025/10/06/mpf-pede-medidas-de-seguranca-e-reducao-de-impactos-ambientais-em-hidreletricas-do-rio-teles-pires-em-mt.ghtml


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