Piloto de moto preso recebeu celular e R$ 500 de PM para ajudar no assassinato de personal trainer em MT
01/10/2025
(Foto: Reprodução) Momento em que a personal trainer é assassinada a tiros por motociclista em movimento
O motociclista Vitor Hugo Oliveira da Silva, preso por suspeita de envolvimento na morte de Rozeli da Costa Nunes, recebeu um celular e R$ 500 do policial militar Raylton Mourão, apontado como autor do crime, para ajudar no assassinato, segundo o delegado responsável pelo caso, Bruno Abreu.
Conforme a investigação, Vitor é ex-funcionário de Raylton. Ele confessou à Polícia Civil que participou da ação que resultou na morte da personal, mas alegou que não sabia que se tratava de um assassinato. Ele disse ainda que o PM o chamou durante a madrugada para uma "missão", sem dar detalhes.
✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MT no WhatsApp
De acordo com o depoimento, Raylton dirigiu até a casa da vítima e ficou circulando pelo quarteirão antes do crime. Vitor disse ter achado a situação estranha, mas não questionou. Ele contou que a única instrução que recebeu oi para "emparelhar com o carro" de Rozeli e que só percebeu que se tratava de um homicídio no momento em que Raylton efetuou os disparos.
Após o crime, Raylton teria deixado Vitor em um ponto da cidade e escondido a moto usada na ação em uma área de mata. A motocicleta, segundo as investigações, pertencia a um terceiro envolvido, um amigo de Raylton que teria emprestado o veículo sem saber da real finalidade.
Vitor Hugo foi preso pela Polícia Rodoviária Federal enquanto viajava em um carro por aplicativo, após a emissão de um mandado de prisão. Ele trabalhava com serviços gerais e, segundo a polícia, não possui ocupação fixa no momento.
Piloto suspeito de envolvimento na morte de personal trainer é preso em MT
PRF
O CRIME: personal foi morta enquanto saía para trabalhar
INVESTIGAÇÃO: PM é investigado por envolvimento no assassinato da Personal
JUSTIÇA: decreto de prisão temporária contra o PM e a esposa dele
ENVOLVIMENTO: polícia descarta participação de pais de PM no crime
O crime
Da esquerda para direita: Raylton Mourão e Rozeli da Costa Nunes
Reprodução
Rozeli foi morta com cerca de seis tiros dentro do próprio carro enquanto saía para trabalhar, no dia 11 de setembro. Ela deixou dois filhos, de 6 e 12 anos, e o marido, que é caminhoneiro e estava viajando a trabalho, em Sorriso, a 420 km da capital, quando o crime ocorreu.
A principal linha de investigação aponta que o crime foi motivado por uma disputa judicial envolvendo a vítima, o policial militar e a esposa dele, Aline Kounz, em razão de um acidente de trânsito.
A polícia descartou o envolvimento da esposa de Raylton. Enquanto ele confessou a autoria do crime e permanece detido em um quartel militar.
Os pais do PM também foram ouvidos na investigação, na segunda-feira (29).
O PM também é investigado por outro crime na região. Ele teria atirado contra o portão de uma empresa na região metropolitana da capital, no dia 11 de agosto.
As imagens revelam que o PM deixou a própria residência, no Bairro São Simão, às 3h28 da madrugada do dia 11, conduzindo uma moto com as mesmas características da usada no crime.
Cerca de 40 minutos depois, por volta de 4h08, dois homens em uma motocicleta são flagrados circulando nas proximidades da casa de Rozeli. Em seguida, dois minutos depois, eles retornam ao mesmo ponto, o que chamou atenção dos investigadores.
Entre 6h e 6h20 da manhã, os suspeitos voltam a circular pela área, demonstrando que monitoravam a rotina de Rozeli. Às 6h25, o crime é executado e os autores fogem do local.