Empresário armou fraude em empréstimo de R$ 15 milhões para financiar desvios de cargas em MT, diz polícia

  • 27/06/2025
(Foto: Reprodução)
Investigado atuava como operador financeiro do grupo criminoso, usando os caminhões da própria empresa para os desvios, além de gerenciar o pagamento para os outros integrantes. Empresário armou fraude em empréstimo de R$ 15 milhões para financiar desvios de cargas em MT Reprodução Um empresário do setor de transportes armou um esquema para o empréstimo ilegal de R$ 15 milhões com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para financiar um esquema de desvios das cargas, em Mato Grosso. O nome do investigado não foi divulgado. Ele foi alvo da terceira fase da Operação Safra, deflagrada nessa terça-feira (24), que investiga um grupo responsável pelo furto de mais de R$ 20 milhões em cargas de grãos de fazendas do estado. Em nota, o BNDES esclareceu que não participou da operação, mas reafirmou seu apoio às investigações e se colocou inteiramente à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos necessários e colaborar com as investigações. Segundo a Polícia Civil, o empresário pagaria R$ 500 mil em espécie, como propina, para um contato em Brasília que iria liberar o valor. O dinheiro foi apreendido com o investigado, em junho de 2022. Inicialmente, os investigadores acreditavam se tratar de um empréstimo de R$ 5 milhões. No entanto, com o avanço das apurações, foi descoberto que o acordo previa um total de R$ 15 milhões, e que os R$ 500 mil seriam destinados apenas à liberação da primeira parcela, de R$ 5 milhões. A Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) informou que o investigado atuava como operador financeiro do grupo, usando os caminhões da própria empresa para os desvios, além de gerenciar o pagamento para os outros integrantes. As investigações apontaram que o grupo se infiltrava em fazendas localizadas em pontos estratégicos de produção agrícola no estado, como as fazendas Guapirama, Sulina, Colorado, Kesoja e Feliz. Grupo se infiltrava em fazendas localizadas em pontos estratégicos de produção agrícola no estado. Reprodução Como funcionava? A Polícia Civil informou que o esquema funcionava com a cooptação de funcionários, como gerentes, operadores de carga e balanceiros, que liberavam o carregamento de grãos diretamente dos silos, sem qualquer registro fiscal ou controle oficial. Caminhões entravam e saíam das propriedades sem levantar suspeitas imediatas dos proprietários. As cargas furtadas eram então levadas para uma empresa em Cuiabá, já investigada em fases anteriores da operação, onde os grãos eram “esquentados” com o uso de notas fiscais frias. A movimentação financeira do grupo incluía falsificação de documentos e lavagem de dinheiro por meio de empresas de fachada. Segundo o delegado Gustavo Belão, o prejuízo rastreado nesta fase da investigação é de aproximadamente R$ 4,5 milhões. No entanto, o valor real pode ser maior, já que muitas cargas desviadas sequer chegaram a ser oficialmente registradas. Operação Safra prendeu oito suspeitos nesta semana Polícia Civil LEIA MAIS: Quadrilha investigada por roubos de cargas em MT, SP e PR é alvo de operação Presos em operação por desvio de grãos movimentaram R$ 6 milhões durante esquema em MT Líderes de quadrilha investigada por roubos de cargas em MT, SP e PR são presos em operação Esquema operava desde 2021 Polícia de MT faz operação contra roubo de carga de grãos A primeira fase da Operação Safra foi deflagrada em 2021, quando a polícia desmontou uma quadrilha com base em São Paulo que furtava cargas de grãos em Mato Grosso e outros estados. Já em 2022, a segunda fase da operação aprofundou as investigações sobre o esquema no estado. Juntas, as fases anteriores identificaram o furto de pelo menos 152 cargas de grãos, totalizando mais de 6 milhões de quilos subtraídos e um prejuízo estimado em R$ 16,3 milhões. Com a nova etapa, o impacto financeiro causado pelo grupo ultrapassa os R$ 20 milhões. A Safra 3 contou com apoio das delegacias dos municípios onde os mandados foram cumpridos e teve ordens expedidas pela 5ª Vara Criminal da Comarca de Sinop. Os alvos da operação são investigados pelos crimes de organização criminosa, furto qualificado, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. ☑️ Clique aqui e siga o perfil da TV Centro América no Instagram ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MT no WhatsApp Leia nota na íntegra O BNDES é reconhecido pelo TCU e pela CGU como uma das instituições mais transparentes da república e possui sólidos mecanismos de governança e de combate a fraudes. Prova disso é que apesar de, em 2024, os crimes contra o sistema financeiro terem sido da ordem de 10,1 bilhões, até hoje, nenhuma tentativa de fraude contra o BNDES foi bem-sucedida. Como forma de de contribuir com o tema, o BNDES está estruturado, em pareceria com a FEBRABAN e com a Polícia Federal, um grupo de trabalho para avançar na construção de soluções para o enfrentamento dos crimes contra o sistema financeiro. Além disso, na atual gestão, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, passou a integrar o Comitê de Riscos do BNDES, para ajudar em análises e na proposição de políticas públicas de enfrentamento a golpes e crimes financeiros. Sobre os desdobramentos da terceira fase da Operação Safra 3, deflagrada pela Polícia Civil de Mato Grosso, que envolveriam uma tentativa de fraude ao BNDES em 2022, informamos que o BNDES não participou da operação. De toda forma, o BNDES apoia as investigações e está à inteira disposição das autoridades para prestação de todos os esclarecimentos que forem necessários e para colaborar com as investigações.

FONTE: https://g1.globo.com/mt/mato-grosso/noticia/2025/06/27/empresario-armou-fraude-em-emprestimo-de-r-15-milhoes-para-financiar-desvios-de-cargas-em-mt-diz-policia.ghtml


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