Procon aponta que 99,5% dos contratos da Capital Consig em MT não têm assinatura dos servidores

  • 24/10/2025
(Foto: Reprodução)
Palácio Paiaguás Reprodução Um relatório preliminar do Procon identificou que 99,54% dos contratos de crédito consignado firmados pela empresa Capital Consig S.A. com servidores de Mato Grosso não possuem a assinatura dos contratantes. Em maio, o governo suspendeu os descontos em folha de pagamento relacionados aos contratos após o Ministério Público investigar possíveis abusos e prejuízos aos servidores. Ao g1, a Capital Consing informou que não foi notificada formalmente sobre o relatório, mas nega as irregularidades apontadas. "Reiteramos que o referido relatório contém equívocos factuais, como a confusão entre fichas cadastrais e contratos, todos devidamente assinados e auditados por empresa independente e é nítida a reprovável estratégia de utilizar a opinião pública para pressionar o Poder Judiciário já que o referido relatório carece de embasamento técnico e jurídico, além de manipular fatos e omitir informações", diz a nota. O levantamento, realizado entre 1º de agosto e 11 de outubro, analisou por meio de amostra aleatória simples 1.991 contratos de um total de 31.835 firmados com a empresa. Segundo o documento, 1.982 contratos avaliados continham apenas a indicação de “assinado eletronicamente”, sem qualquer comprovação de autenticidade. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MT no WhatsApp De acordo com o Procon, a principal irregularidade encontrada foi justamente a ausência de manifestação válida de vontade dos consumidores, o que pode comprometer a validade jurídica dos contratos apresentados pela empresa ao Tribunal de Contas do Estado (TCE). Em um dos trechos do relatório, o órgão destaca que as assinaturas eletrônicas analisadas não especificam nenhum fator de autenticação, como biometria, selfie, token ou certificado digital. Em alguns casos, a autenticação era feita apenas com o número do CPF do consumidor, sem assinatura digital ou manuscrita. “A fornecedora utiliza seu certificado para "selar" o documento, conferindo-lhe uma falsa aparência de validade bilateral que a informada assinatura do consumidor, por si só, não possui - e sequer existe. O método atribuído ao consumidor (número de CPF) não cumpre os requisitos mínimos de segurança e controle exclusivo exigidos”, diz trecho do relatório. A análise do Procon conclui que a amostra examinada revelou ausência recorrente de dados obrigatórios e essenciais à compreensão do negócio jurídico por parte do consumidor. LEIA TAMBÉM Ministério Público investiga denúncias de irregularidades em créditos consignados de servidores em MT Governo de MT suspende descontos após denúncias de irregularidades em créditos consignados de servidores Relatório do TCE-MT identifica inconsistências em mais de 60 mil contratos de crédito consignado Sobe para 5 o número de empresas com descontos suspensos por irregularidades em consignados em MT Investigação O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) instaurou, em maio, um inquérito civil para investigar possíveis práticas abusivas e lesivas aos direitos dos consumidores em contratos de crédito consignado firmados pela empresa Capital Consig S.A. com servidores públicos do estado. A investigação visa apurar indícios de abusos identificados em auditorias da Controladoria-Geral do Estado (CGE). Segundo os documentos analisados, os contratos de crédito consignado apresentaram falhas como a liberação de valores inferiores aos previstos nas Cédulas de Crédito Bancário (CCB). Em muitos casos, o montante creditado nas contas dos servidores foi menor do que o estipulado em contrato, gerando prejuízos financeiros. De acordo com o promotor, as auditorias também apontam que parte da operação foi transferida a instituições financeiras não autorizadas pelo Estado, como a Cartos Sociedade de Crédito Direto S.A. e a BRK S.A. Crédito, Financiamento e Investimento, sem o aval da Secretaria de Planejamento e Gestão (SEPLAG) ou da Desenvolve MT.

FONTE: https://g1.globo.com/mt/mato-grosso/noticia/2025/10/24/procon-aponta-que-995percent-dos-contratos-da-capital-consig-em-mt-nao-tem-assinatura-dos-servidores.ghtml


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